Se Senta, Se Tenta, Se Rende: A Saga do Alienígena"

 

Sabe, até o final dos meus 50 anos, eu contava cada ano com entusiasmo, como se acumulasse medalhas de maratonista. Mas aí veio aquele aviso: "Se senta, que lá vêm novidades." A primeira novidade? O corpo decidiu começar uma revolução! De repente, parecia que tinha um motim acontecendo: as dores se uniram contra o corpo, e o corpo, por sua vez, começou a sabotar a mente. Foi aí que eu percebi que era melhor começar a contar as décadas, porque os anos não estavam mais dando conta. Aí cheguei nos 60, com a expectativa de que, pelo menos, a experiência compensasse as surpresas. Mas o aviso mudou para "Se tenta, não desiste." E foi então que comecei a ter contato com o sobrenatural: um alienígena começou a aparecer no espelho todo dia de manhã, enquanto eu escovava os dentes. Essa criatura tem rugas, uma papada e insiste em me dar bom dia. Tento expulsá-la com um "sai, que este corpo não lhe pertence", faço descarrego com cremes e máscaras, mas a danada é teimosa. No dia seguinte, lá está o alienígena de novo, como se dissesse: "Bom dia, voltei!"Quando cheguei nos 70, pensei que finalmente teria paz, mas o alienígena estava lá, firme e forte. Comecei a ouvir o aviso: "Oi, tenta de novo", e lá vou eu, tentando todos os truques para assustar essa figura do espelho. Mas a verdade é que o bicho tá tão confortável que já estou aceitando que essa companhia é para sempre.Agora, chegando nos 80, o aviso mudou de novo: "No inventa." Porque, sinceramente, já sei que prorrogação não vai ter. O jeito é rir, brincar com esse alienígena no espelho, e quem sabe, um dia ele cansa de me assombrar e decide procurar outro planeta pra morar!

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